pesquisa mostra que maioria dos médicos americanos recomendam e apoiam o uso medicinal a seus pacientes
Quase 70 por cento dos médicos americanos acreditam no uso de cannabis como medicamento, de acordo com dados de pesquisa publicados na revista Cannabis and Cannabinoid Research (https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/can.2020.0165).
Uma equipe de investigadores membros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos reuniu respostas de mais de 2.200 médicos em relação às suas atitudes sobre à cannabis medicinal.
Sessenta e nove por cento dos entrevistados disseram acreditar que a cannabis possui utilidade médica. Os médicos entrevistados que defendem seu uso medicinal são mais propensos a apoiar o uso de maconha para tratar a dor (73%), câncer (72%) e náuseas relacionadas ao tratamento quimioterápico (61%).
Mais de um em cada quatro entrevistados (27%) reconheceu ter prescrito o uso de cannabis para um de seus pacientes. No entanto, muitos entrevistados não conseguiram identificar com precisão o status legal da cannabis em seu estado – com muitos acreditando que a maconha era total ou parcialmente legal nos casos em que não era.
Os autores concluíram: “Este é um dos primeiros estudos a avaliar as crenças e práticas clínicas relacionadas à cannabis medicinal em uma amostra de vários estados dos Estados Unidos.
Mais de dois terços (68,9%) dos médicos pesquisados acreditam que a cannabis tem uso medicinal e pouco mais de um quarto (26,6%) já recomendou cannabis a um paciente. Os resultados deste estudo sugerem que as condições de prevalência mais alta em que os médicos indicaram que acreditavam que a cannabis poderia ser usada medicamente foram fundamentadas em bases científicas para dor, náusea, ativação do apetite, anticonvulsão e espasticidade.
O texto completo do estudo, “Crenças e práticas clínicas relacionadas à cannabis”, aparece em Cannabis and Cannabinoid Research no link https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/can.2020.0165