Brittney Griner, Atleta americana da WNBA (Associação de Basquete Feminino), foi detida em fevereiro pela polícia russa no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, sob a acusação de porte de narcóticos ao ser constatada a presença de óleo de haxixe e um material de inalação (vaping) em sua mochila de mão. Como de costume, a atleta viajava para atuar em um clube russo durante suas férias da liga americana quando foi abordada.
Brittney aguardou o julgamento presa pelos últimos quatro meses. Se declarou culpada das acusações na quinta-feira, dia 07 de julho, mas afirma não ter tido a intenção de infligir as leis russas. Segundo o advogado de Griner, Aleksandr Boikov, os cartuchos do cigarro eletrônico estavam na bagagem por descuido.
Em uma carta endereçada à Casa Branca, Brittney Griner demonstrou aflição (bem justificada devido aos recentes conflitos diplomáticos entre os EUA e a Rússia) e apelou ao governo norte-americano por sua liberdade: “Estou aterrorizada por poder ficar aqui para sempre. Sou consciente de que (Joe Biden) está atarefado com muitas coisas, mas, por favor, não se esqueça de mim e dos outros americanos presos. Por favor, faça tudo o que pode para me levar para casa”.
Brittney voltou aos tribunais para uma quarta audiência nesta quinta-feira (14 de julho), quando foram apresentados testes de doping negativos e documentos que comprovam a devida autorização do Departamento de Saúde do Estado do Arizona para o uso do óleo direcionado ao tratamento de dores crônicas com as quais a atleta sofre.
O tratamento medicinal feito por Griner não é permitido pela legislação russa e a punição atribuída conforme a lei do país pode chegar a uma pena entre cinco e dez anos de prisão. Há também a possibilidade de Griner ser utilizada como “moeda de troca” para libertar prisioneiros russos que se encontram nos Estados Unidos.
Fontes: Jornal Nacional; Jornal Hoje; Terra.com