A pandemia diminuiu a procura pelos hemocentros e o Brasil tem menos doadores que o necessário
Por Rede Abracom
A campanha Junho Vermelho, realizada pelo Ministério da Saúde (MS), foi iniciada nesta quarta-feira, dia primeiro. O objetivo é aumentar o interesse das pessoas em doar sangue nos estabelecimentos de saúde por todo o país.
A pandemia causada pelo novo coronavírus nos últimos dois anos está fazendo com que os doadores não procurem os hemocentros. O MS estima que, em 2021, a covid-19 tenha feito com que o número de doações tenha diminuído 20%, na comparação com o ano anterior.
Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), um país deve ter de 3% a 5% de doadores em relação ao total da população, mas o Brasil tem 1,9%, segundo o Ministério da Saúde. Isso faz com que muitos locais não tenham como atender quem precisa dessa ajuda.
O mês de junho é considerado o período de maior escassez nos estoques de sangue. O problema é que este mês registra sempre uma diminuição no número de doadores no Brasil e é por isso que o Junho Vermelho é realizado.
Por estes dias, as férias escolares, que motivam viagens familiares, as infecções respiratórias por causa do clima mais frio e, no Nordeste, as festas juninas são alguns dos principais motivos para a diminuição de doações.
No entanto, o processo de doação dura menos de uma hora. Os interessados devem ter de 16 a 69 anos de idade, precisam estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50 quilos e, no momento da doação, não pode estar em jejum. Os adolescentes de 16 e 17 devem ir acompanhados dos pais ou responsáveis.
A doação não oferece riscos à saúde nem do doador, nem de quem vai receber o sangue. Esse gesto de amor é recompensado com um dia de folga do trabalho, segundo a legislação vigente.
