A Cannabis pode ajudar no tratamento de dependência química, mas acolher o doente é essencial
Por Rede Abracom
Nesta segunda-feira, 20 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou um aumento de quase 20% no ano de 2020 das mortes associadas ao uso de álcool.
O estudo mostra ainda que os usuários de cigarros eram de 12,8% em 2019. Este percentual, em 2013, era de 14,9%, o que resulta é um crescimento constante no uso do tabaco amplamente comercializado pelo país.
Essas drogas lícitas são fáceis de serem encontradas e socialmente aceitas, no entanto, levam a problemas sérios tanto de saúde quanto de convívio com familiares e amigos. De acordo com o Ministério da saúde, o álcool resulta em grande parte dos acidentes de trânsito, violência doméstica e problemas no trabalho, entre outros. O MS aponta dificuldades como alterações na percepção, reação e reflexos, aumentando a chance de acidentes de trabalho.
As drogas ilícitas, como cocaína, crack e tantas outras vendidas pelo tráfico também precisam de vigilância contínua e, caso o problema já exista, é possível melhorar a vida com tratamentos dignos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. E a Cannabis Medicinal pode ser a saída.
Estudos científicos mostraram o potencial terapêutico do canabidiol para tratamentos da dependência de drogas como crack e cocaína. O CBD é capaz de auxiliar no controle da ânsia pelas substâncias e atuar como ansiolítico, reduzindo sintomas associados ao vício e amenizando efeitos da abstinência. Em alguns casos, é recomendado o uso do Tetrahidrocanabinol (THC) associado ao CBD para o tratamento.
A melhor forma de ajudar um dependente químico é acolhê-lo, mostrando que há saídas e que a vida pode ser bem melhor. Por isso o acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos, é essencial.