Cultivo da Cannabis desempenha um papel vital na redução dos gases de efeito estufa.
Por Rede Abracom
A mudança climática é um dos maiores desafios do nosso tempo. O fenômeno é ocasionado pelo lançamento de gases de efeito estufa no nosso planeta, substâncias tóxicas que contribuem para o aquecimento global.
Quase todas as atividades humanas resultam na liberação de substâncias como hidrofluorcarbonetos (HFCs) e o dióxido de carbono (CO²), mas a queima de combustíveis fósseis para geração de energia, atividades industriais, a agropecuária, o desmatamento e a utilização de transportes estão entre os principais responsáveis pelo problema.
O Brasil é um dos líderes mundiais em emissão de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO².
Cegas pelo negacionismo ou pelo dinheiro, algumas pessoas fecham os olhos para as mudanças climáticas, mas o fato é que não existe possibilidade de ignorar a realidade: o nosso planeta corre perigo. Os impactos das mudanças climáticas refletem na produção dos alimentos, no aumento do nível do mar (o que torna as inundações catastróficas muito possíveis), além de desestabilizar a sociedade e o meio ambiente à nível global.
Para refletir sobre o impacto desses e outros poluentes sobre o clima do planeta, foi criado o Dia Nacional de Conscientização Sobre as Mudanças Climáticas, celebrado no dia 16 de março. Como uma associação canábica que carrega o discurso naturalista, fazemos a nossa parte da maneira que podemos do lado de cá.
Nossos cultivos contam com o uso de energia solar, além de adotar o uso consciente dos fertilizantes, sejam minerais ou orgânicos, com dosagens específicas conforme a demanda da planta. Prezamos pelo uso racional da água, fazemos compostagem de resíduos orgânicos de partes não aproveitáveis para o óleo como os galhos e folhas.
No cultivo, fazemos a cobertura do solo com matéria seca, que evita o desperdício da água. Também fazemos uso do sistema de plantio direto, que evita ao máximo o uso de maquinários agrícolas que são movidos a combustão e fazem o gradeamento, a aração do solo. O sistema de plantio direto conserva a matéria orgânica, conserva carbono no solo. Logo, é um método de baixa emissão de carbono.
O cultivo da Cannabis por si só, já desempenha um papel vital na redução dos gases de efeito estufa. A baixa exigência de fungicidas e herbicidas é o principal fator que atribui créditos aos agricultores pelo sequestro eficiente de carbono (cinco vezes mais que as florestas). Os cultivos também ajudam a conservar os valiosos recursos hídricos, melhorando a qualidade do solo.