Dia Mundial do Lúpus: data promove debate a fim de conscientizar a população sobre doença ainda sem cura.

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Por: Rede Abracom

Neste dia 10 de maio celebramos o Dia Mundial do Lúpus. A data foi oficializada em 2004 e foi estabelecida com o propósito de trazer consciência e orientação para a população mundial sobre a doença, que ainda não tem cura.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune, crônica e inflamatória. O sistema imunológico das pessoas acometidas pela doença não consegue diferenciar os agentes nocivos (vírus, bactérias, germes) dos tecidos saudáveis do corpo, o que acaba gerando a criação de autoanticorpos (anticorpos que atacam células saudáveis). Esses autoanticorpos causam inflamação, dor e podem afetar basicamente todos os órgãos do organismo, porém os danos acabam sendo mais frequentes na pele, articulações, coração, pulmão, rins, células sanguíneas, vasos, sistema nervoso central e periférico.

Giselle Nóbrega Gomes Martins, de 39 anos, é uma paciente da Abrace que, em 2017, foi diagnosticada com fibromialgia e lúpus. “Eu sofria com muitas dores, dores crônicas, nas articulações, juntas, enxaquecas fortíssimas que debilitaram muito, problemas inflamatórios intestinais.”, conta. Ela confirma a eficácia do tratamento com a Cannabis Medicinal através do Óleo Esperança da Abrace: “Há um ano conheci a Cannabis e comecei a fazer o uso. Hoje em dia uso CBD e THC diariamente e minha qualidade de vida melhorou 100%”, reforça a Gerente administrativa e financeira.

Em geral, o Lúpus acaba acometendo mais mulheres do que homens. Os homens compreendem apenas 4 a 18% dos casos. Apesar de se manifestar em indivíduos de qualquer faixa etária, o surgimento do Lúpus é mais comum dos 20 aos 45 anos de idade. E, apesar de não ter cura, a doença tem fases ativas e inativas (encontrando-se inativa quando controlada).

Os canabinoides atuam sobre o sistema nervoso e desempenham um papel importante na regulação do sistema imunológico ao auxiliar no estabelecimento da homeostase (equilíbrio do organismo). Suas propriedades imunorreguladoras atestam sua eficácia na terapia de doenças autoimunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico. Ademais, as características anti-inflamatórias e analgésicas dos canabinoides são eficazes para atuar contra os efeitos (dores e inflamações) causados pelos autoanticorpos presentes no Lúpus.

Giselle Martins, paciente da Abrace, confirma os benefícios: “Eu sou outra pessoa. Nesse 1 ano eu basicamente não tive crise nenhuma. As enxaquecas sumiram, as dores também. Estou muito feliz com os resultados obtidos e sempre indico, pois realmente melhora muito a qualidade de vida”.

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Roma em 2018 verificou as ligações do sistema endocanabinoide com o lúpus. Os resultados obtidos indicam que o sistema exerce um papel significativo nas respostas da doença, sugerindo a exploração de tratamentos à base de canabinoides.

Em 2014 pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul atestaram que a Cannabis tem potencial no tratamento de doenças autoimunes onde a inflamação crônica é muito presente (como artrite, lúpus, colite e esclerose múltipla). O estudo foi publicado no Journal of Biological Chemistry e os resultados mostram que o THC tem a capacidade de modular as respostas imunológicas por meio de uma regulagem epigenética que envolve a modificação das histonas. É importante que haja mais incentivo para pesquisas na área, mas os resultados obtidos até agora são animadores e indicam o tratamento com canabinoides como uma alternativa segura.

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