Uma pesquisa americana mostrou que as pessoas soropositivas que usam Cannabis têm menos dor e fadiga
Por Rede Abracom
Nesta quinta-feira, primeiro de dezembro, é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS) cinco anos após a descoberta do vírus que causa a doença, quando 65 mil diagnósticos e 38 mil mortes já haviam sido registrados.
O objetivo é apoiar as pessoas envolvidas e melhorar a compreensão da doença. De acordo com os últimos dados que foram divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que em 2020, cerca de 920 mil pessoas viviam com HIV no Brasil e, dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% faziam tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitiam mais o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável.
Até outubro de 2020, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral. Este número, em 2018, era de 593.594 pessoas em tratamento neste mesmo período, um aumento de cerca de 8% em dois anos.
Algumas semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer febre, dor de garganta e fadiga. A doença geralmente é assintomática até evoluir para AIDS. Os sintomas da AIDS incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.
Um estudo realizado pela Brown University em Rhode Island e pela Boston University’s School of Public Health, publicado na revista AIDS Care, mostrou que quem tem o vírus e usa a Cannabis tem maior disposição para a prática de exercícios físicos. Os cientistas descobriram que aqueles que relataram o consumo eram significativamente mais propensos a serem fisicamente ativos do que os pacientes que não consumiam.
Os pesquisadores acreditam que a capacidade da cannabis de mitigar os sintomas associados ao HIV, como a dor, pode facilitar um maior envolvimento na atividade física. Desta forma, a fadiga, tão presente entre os sintomas, pode ser resolvida pela Cannabis.