História da cannabis
Desde 10.000 a.C. existem registros documentados do uso da Cannabis como planta medicinal e, na linha do tempo abaixo, você poderá conhecer um pouco mais sobre a história dessa planta. Clique nas setas ao lado da linha para navegar e veja alguns pontos importantes da história da Cannabis.
Equipes de arqueólogos encontraram vestígios decorando vasos desse período, indicando que os seres humanos já mantinham relação com a Cannabis, principalmente para produzir tecidos e cordas.
As primeiras evidências de uso medicinal da Cannabis na China são datadas desse período por meio da técnica de datação por carbono 14.
Imperador chinês Fu Hsi descrevia a planta como ‘‘Ta Ma’’, nome dado à Cannabis, como sendo bom remédio, contendo as energias Yin e Yang.
Shen Nung, considerado divindade padroeira da agricultura na China, listou mais de 100 doenças tratáveis com a Cannabis, como: epilepsia, reumatismo, constipação, gota, falta de atenção, entre outras.
Nesse período, na Ásia, já existem registros do uso medicinal do haxixe, o extrato bruto da Cannabis. Seu uso passou a ser comum só no ano 2 d.C. com ajuda de comerciantes de especiarias.
A cannabis era um dos principais remédios usados na civilização Egípcia, segundo o Papiro Ramesseum III.
Na Índia, chamada de Ganja, era citada pelo documento sagrado Atharva Veda para tratamento de diversas doenças, ao mesmo tempo que era considerada uma divindade, cultuada em todo o país por diferentes tradições espiritualistas até os dias de hoje.
Hua T’o, médico e fundador da cirurgia chinesa descreveu a Cannabis como analgésico e utilizava uma mistura de Cannabis e vinho para anestesiar seus pacientes antes das cirurgias.
Johannes Gutenberg imprime, pela primeira vez no ocidente, um livro em papel de cânhamo: a Bíblia Sagrada. Inaugurando uma nova etapa na literatura e nos registros do conhecimento escrito.
Fisiologista português Garcia da Orta, após passar anos estudando os costumes tradicionais do uso de plantas na Índia, começa a publicar artigos e livros sobre o tema, muitos deles incluindo descrições detalhadas do uso de preparados à base de Cannabis em processos terapêuticos.
A Cannabis é amplamente cultivada nos E.U.A. onde o governo encorajava a plantação para extração de fibras e produção de remédio.
No Brasil se inicia a primeira Real Feitoria do Linho-Cânhamo, iniciativa que durante alguns anos foi responsável pelo cultivo e uso das fibras da Cannabis para uso na produção têxtil em diferentes regiões do país, especialmente no Sul do país.
Dispensário de Edimburgo, Escócia, lista a semente de Cannabis como útil para tratar tosse e cistite.
Os poderes medicinais e psicoativos da resina da cannabis se tornam cada vez mais conhecidos no ocidente e passam a ser objeto de estudo dos cientistas europeus.
Cannabis era comercializada livremente nas farmácias dos E.U.A. para tratar diversas doenças e seus sintomas.
A Califórnia se torna o primeiro Estado americano a tornar o cultivo, venda e uso de maconha ilegal.
Getúlio Vargas decreta que a maconha, seu cultivo, comércio e consumo são ilegais em todo território brasileiro. Junto com a maconha ficaram também proibidas por um tempo outras práticas culturais ligadas a populações marginalizadas, como a capoeira e o candomblé.
O governo dos E.U.A. torna a maconha ilegal em todo país, apesar dos protestos de médicos e farmacêuticos.
O Tratado Internacional sobre Drogas Narcóticas, assinado por diversos países integrantes da ONU, considera a maconha e derivados perigosos e sem propriedades medicinais.
Dr. Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém isola o THC e descreve suas propriedades pela primeira vez. O mesmo havia estudado o CBD em 1963.
Um juiz da Corte Federal dos E.U.A. decidiu que Robert Randall, paciente que sofria de glaucoma, não deveria ser considerado criminoso e concedeu acesso à maconha para uso medicinal.
Novo México é o primeiro estado a criar uma lei reconhecendo as propriedades medicinais da maconha. Hoje são mais de 40 com leis parecidas.
Pesquisadores liderados por Allyn Howlett, da Faculdade de Medicina da Universidade de Saint Louis, no Missouri, E.U.A., descobriram os receptores específicos responsáveis pela absorção do THC.
Califórnia se torna o primeiro estado a legalizar o uso medicinal da maconha. A Proposição 215 permite que pessoas possam cultivar maconha para uso medicinal desde que tenham uma recomendação de um médico. Ao mesmo tempo, a Lei cria mecanismos de proteção aos médicos que recomendarem o uso medicinal da planta.
Câmara de Lordes da Inglaterra recomenda legalização do uso medicinal da maconha.
O Canadá se torna o primeiro país do G-20 a permitir legalmente o uso da maconha para fins medicinais.
Governo da Catalunha, Espanha, inicia um programa de Cannabis medicinal envolvendo 6 hospitais, 40 pesquisadores, médicos e 600 pacientes.
A lei 11.343, Lei de drogas no Brasil afirma que o Estado pode autorizar o cultivo, uso medicinal e científico. Mas nenhum tipo de regulamentação é realizado.
O Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD – Aprova em reunião uma resolução reconhecendo as propriedades medicinais da Cannabis, afirmando que foi um erro histórico o governo brasileiro ter lutado pela inclusão da planta na lista de drogas proibidas pela Convenção de 1961.
Lançado primeiro livro sobre cultivo de maconha para fins terapêuticos e medicinais do Brasil.
O Sativex, remédio produzido a partir de extrato da Cannabis, é produzido no Reino Unido e comercializado em diversos países do mundo.
Primeira pessoa autorizada no Brasil a fazer uso de medicamento a base de maconha e a importar o extrato.
Primeiras famílias brasileiras autorizadas a cultivar maconha em casa para produzir medicamentos artesanais.
Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE) se torna a primeira instituição brasileira autorizada a cultivar, extrair e produzir medicamentos para seus associados.
Anvisa aprovou no dia 03/12 uma resolução que regulamenta a venda de produtos à base de Cannabis em farmácias de não manipulação.
Rio de Janeiro ganha autorização para cultivo de Cannabis para pesquisa, com foco na Saúde. Abrace Esperança inicia pesquisa em conjunto com Universidades com foco no COVID-19. APEPI é a segunda associação autorizada a cultivar e fornecer aos seus associados.