Pesquisa com pomada da Abrace é premiada em Conferência Internacional

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O estudo foi realizado por João Aurílio Cardoso entre outros estudantes e pesquisou tratamento para Epidermólise Bolhosa Hereditária

Por Rede Abracom

Um Projeto de Pesquisa e Extensão em Cannabis Medicinal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi premiado este mês na II Conferência Internacional de Cannabis Medicinal. A pesquisa utilizou a pomada produzida pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace) e obteve ótimos resultados.

O projeto de pesquisa, ‘Avaliação da Eficácia Clínica da Pomada de Cannabis Rica em Tetrahidrocanabinol em Pacientes com Epidermólise Bolhosa Hereditária’ foi apresentado pelo estudante de medicina, João Aurílio Cardoso e orientada pela Professora Doutora Katy Lísias Gondim Dias de Albuquerque. O trabalho ainda teve autoria de Fabrina Tayane Guedes Farias, Igor Bronzeado Cahino Moura de Almeida, Otacílio José de Araújo Neto, Klessiane Mendes de Fontes, Daniela Karina Antão Marques, Renata da Silveira Rodrigues Paiva, Nadja de Azevêdo Correia, Katy Lísias Gondim Dias de Albuquerque.

Este recebeu o prêmio de Melhor Trabalho Científico. Ele foi iniciado com ensaio clínico, duplo cego, o que quer dizer que os estudiosos ou os pacientes não sabiam se estavam recebendo a pomada de Cannabis ou um placebo.

“Por isso passa uma confiabilidade maior, é o padrão ouro dos ensaios clínicos. O trabalho avaliou a cicatrização, tendo em vista que com a Epidermólise a pele fica muito frágil, aparece traumas aos mínimos atritos e para cicatrizar é muito complicado, por isso o paciente fica exposto a infecções e sente muita dor”, detalhou João Aurílio Cardoso.

Foram avaliados também efeitos colaterais e segurança do uso do produto. O estudo foi realizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, da UFPB, com seis pacientes que tinham a lesão e gerou resultado positivo em todos os pacientes. No prazo de 28 dias, quem utilizou a pomada teve uma redução de lesão média de 59%, enquanto quem usou placebo teve redução de 22%.

A partir de agora, o objetivo é ampliar o número de pacientes, mas a doença estudada é rara e, por este motivo, existe uma pequena quantidade de pessoas que podem participar da pesquisa. “São barreiras que a gente se planeja para ultrapassar e é isso que dá maior significado ao nosso trabalho porque a Cannabis traz uma melhor qualidade de vida, então é uma motivação para continuar o trabalho”.

Premiado, João Aurílio disse que se sente orgulhoso de poder representar a pesquisa. Ele disse que já começou a cursar a faculdade querendo estudar a Cannabis e explicou que esta é uma ciência que rompe muitas barreiras e estigmas.

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